Monday, September 11, 2006

Reencontros


Lá onde não há posse, nem possuído. O amor transborda e volta a encher meu peito. Aonde todo o tempo lhe é permitido. O reencontro, sem lágrimas, num lago profundo. Eu afundo na sua espera. Eu te espero. Não se apresse. O momento é só seu. Onde duas forças se unem à todas as outras, numa explosão de energia. Onde amar e ser amado é regra geral.
Eu não tenho mais vergonha do meu canto, o mais distante, onde habitam os meus medos; pode ir. A compreensão entende qualquer pedido, qualquer perdido. Eu sei do seu desejo mais latente; o vento te leva até lá. Eu guardo você daqui, com os olhos fechados, imaginando sua volta para mim. Minha luz mais clara, sua forma com a minha, resulta eternidade.

Saturday, September 09, 2006


Deixo o tempo me deixar para trás. Num passo lento, eu aguento o transtorno que se causa, por minha causa, de andar mais devagar que o relógio.
Num canto do meu olho, eu vejo a pressa; atrás de quê, que você vai? Fica aqui aonde floresce o seu jardim. Das pétalas que cultivou, só você entenderia que arruinuou, com sua pressa, o desabrochar. Uma chance, o que resta, de voltar dessa corrida, devagar...
Aonde eu ando, de mãos dadas com a paz, um rio lento me arrasta em correnteza, uma beleza. Há muito espaço para todos, e todo espaço para amar.