Ostentava-se no ar uma bela pétala... Mal sabendo que cairia num escuro poço profundo, de onde jamais seria retirada, a pétala só poderia ter torcido por algum feitiço que aumentasse seu prazo, seu pairar. É certo que, naquela queda inevitável, a pétala faltou em admirar o legado sólido que muitos deixaram por ali... A pétala se ocupara mesmo em cair com graça; ocupara-se em fazer da queda, ainda mais efêmera.
No esquecimento do tempo, ninguém mais se lembra de como eram as cores e a forma da bela pétala; todos se lembram de como foi tola ao fazer da sua curta trajetória, um caminho de espelhos, de vaidade.