Monday, June 04, 2007

Fluência

Desde alguém, um sopro, provocando brisas em você, ventos perto daqui, ciclones lá, mas também cá. E mais sopros... Até que não se saiba de onde surgiu o primeiro e nunca se queira saber do último.

Classificado meu quadro e minha moldura: louco e
...
humano.


Friday, June 01, 2007

Mal conjugado

É mentira! Entre nada que eu disser, você acredite no silêncio. Se jorrarem verbos da minha boca você trate de conjugar com o esquecimento. Se desprenderem adjetivos, você cuide de tornar o sujeito indeterminado. Não importa, eu deixo claro que minha garganta não fala por mim.

Mas se eu falar pelo brilho dos olhos, ao te ver: é verdade.

Rotina

Não é que a poeira baixou lá debaixo dos pés. Não que é eu fiquei parado, estático, boquiaberto, atado. Tudo pareceu ser, diante de nós, assim: normal. Talvez tenha sido eu, sozinho, a não me acostumar. Talvez tenha sido, você, sozinho a não se acostumar. Vai ver ninguém disse uma palavra, e vai ver ninguém ouviu. Fui ver e todos olhavam pra frente, incoveniente é melhor não se ver.

Foi uma mão estendida na calçada, gritando sua fome...